quarta-feira, 28 de março de 2012

José Mayer a jornal: 'Quem sabe eu possa ficar completamente grisalho?'

LEGENDA: Ator, de 63 anos, se diz livre da obrigação de ser galã e não deve mais pintar os cabelos, assumindo os fios brancos.


José Mayer - que se despediu na sexta-feira, 23, do pescador Pereirinha da novela "Fina Estampa" - não pretende mais pintar os cabelos, assumindo os fios brancos e ficando com visual grisalho. Em entrevista à colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo deste domingo, 25, o ator, de 63 anos, confessou que usava tintura. "Fazia luzes ao contrário. Já ouviu falar? O Silvio Santos não admitiu agora os cabelos brancos? Isso é uma libertação. Parabéns, Silvio, ele é meu modelo. Estou nesse caminho. Uma vez que estou livre da função [de galã], quem sabe eu possa ficar completamente grisalho? Me livrei".

O ator está em busca de novos personagens que não sejam o de galã, papel que desempenhou nas novelas décadas. "O homem no pleno exercício da sua capacidade de sedução, isso tem um prazo de validade. A natureza é sábia e diz que, a partir de um certo ponto, você ganha um certo pudor em relação a si mesmo. Já não é mais um caçador. Os jovens vêm e substituem você. Então o sedutor, o homem predador, já não faz sentido. Eu já tenho 63 anos. Digamos que chegou a hora de ter um papel de juiz, de milionário, padre".

Os vilões estão na mira de José Mayer: "Os galãs são difíceis de interpretar. Difíceis. Em geral, são lineares, previsíveis. O galã é justo, é equânime, tem senso de equilíbrio, é o referencial moral dentro da história. No fundo, ele é um chato. Não é surpreendente. Imprevisível. Não quebra a história numa direção ou noutra. Os vilões fazem isso. Produzem adrenalina. Se tudo é previsível, como é o caso do galã, dá um certo sono. E ele tem outra coisa complicada que é o compromisso com o glamour. Tem que estar bem, não pode estar com muitos fios brancos, tem que estar barbeado, bem vestido, em forma, nenhuma barriga".

FONTE: EGO

José Mayer cutuca “gente que vem do BBB” e vira ator de TV


Em entrevista exclusiva ao programa "TV Folha", o ator global José Mayer abre o jogo. Fala sobre sua carreira pós-galã (ele não vai mais pintar os cabelos) e analisa os novos caminhos da fama.

"A TV buscava, no teatro, seus intérpretes preferenciais. Hoje, não necessariamente. Gente que vem do BBB, gente que é bonita demais... A notoriedade, a fama, às vezes abrem portas muito imediatas", diz.

Ele se despediu nessa semana do personagem Pereirinha, da novela global "Fina Estampa".



Fonte: PB Agora

terça-feira, 27 de março de 2012

José Mayer revive diáspora judaica em ‘Um Violonista no Telhado’



Quem vê José Mayer com uma espessa barba grisalha na novela Fina Estampa pode achar que a transformação de visual está ligada ao personagem do ex-marido trambiqueiro de Griselda (Lília Cabral). A razão da mudança, porém, é outra. Depois de anos reprisando o papel de conquistador na TV, o ator se despiu da sua desgastada imagem de galã, deixou a barba crescer e mergulhou fundo nas aulas de canto – tudo para encarar seu primeiro musical. Em Um violinista no telhado, que estreia no dia 22 deste mês no Teatro Alfa, Mayer interpreta o rústico e carismático Tevye, um leiteiro judeu na Rússia czarista. A montagem nacional do espetáculo da Broadway de 1964 (a versão cinematográfica é de 1971) leva a assinatura da dupla Charles Möeller e Claudio Botelho, capacidade de manter a graça e tocar a vida em frente se equilibrando diante dos obstáculos. Além das hostilidades antissemitas, Tevye terá que lidar com as mulheres da família: sua companheira, Golda (Soraya Ravenle), e as filhas Tzeitel (Rachel Rennhack), Hodel (Malu Rodrigues) e Chava (Julia Fajardo), que desafiam a tradição judaica e se rebelam contra os casamentos arranjados pelo pai. Com orçamento de R$ 7 milhões, a produção reúne em cena mais de 40 atores e 17 músicos regidos pelo maestro Marcelo Castro. A movimentação no palco é grande: são nove trocas de cenário, criado por Rogério Falcão, e 160 figurinos de época, assinados por Marcelo Pies. Já a coreografia original de Jerome Robins foi reinventada por Janice Botelho.

FONTE: Época - São Paulo